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SOBRE

​MISSÃO E HISTÓRIA

O método de trabalho com população em situação de rua por meio do esporte, particularmente o futebol foi desenvolvido a partir de oficinas socioeducativas ministradas entre os anos de 2011 e 2014. Estas oficinas contam com a participação de conviventes[1] e acolhidos[2] em equipamentos públicos ou conveniados à Prefeitura do Município de São Paulo. As oficinas de futebol surgiram devido à solicitação dos conviventes da Tenda Barra Funda[3] logo da implementação do sistema de assembleias para discussão da rotina do serviço do equipamento e acabaram se tornando um meio de aproximação entre o educador social e os moradores de rua, para com o tempo e a experiência evoluir em uma metodologia de trabalho com esta população, a Pedagogia do Compromisso. Percebendo o interesse e o potencial agregador desta atividade o Adriano foi construindo a metodologia apresentada.

As cinco etapas sucessivas com passos também concomitantes e sempre complementares compõe o método e o transformam em uma verdadeira pedagogia ao unir na prática do trabalho socioeducativo a pedagogia da autonomia de Paulo Freire e o conceito de Zona de desenvolvimento proximal de Vygotsky. Ademais, a Pedagogia do Compromisso trabalha com autores dedicados a análise dos impactos dos fenômenos desportivos sobre as pessoas, como Erving Goffman.

O termo ‘compromisso’ vem do tipo de atitude necessária por parte do educador social na utilização deste método, nas suas cinco etapas. Todo conhecimento aqui exposto vêm de uma reflexão dos autores sobre a prática do trabalho socioeducativo, não havendo nenhuma recomendação aqui exposta, sem ter passado por prévia aplicação nas oficinas socioeducativas de futebol conduzidas por Adriano Camargo.

As etapas abaixo representadas pelas cinco pontas de uma estrela compõe em sentido horário, nosso método de trabalho, assim disposto: Criar Vínculo – Perguntar – Oferecer – Responder prontamente – Acompanhar.

 

 

 

[1] Convivente é o termo usado para se referir aos frequentadores de equipamentos públicos municipais de convivência como as Tendas. Nestes equipamentos existem opções de lazer como jogos, oficinas de artes, biblioteca, sala de acesso a internet, assim como, o apoio de equipe técnica da área da assistência social e saúde.

 

[2] Acolhido é o termo utilizado para se referir aos residentes em Centros de Acolhida conveniados pela Prefeitura do Município de São Paulo. Alguns Centros de Acolhida possuem opção de biblioteca, jogos e quadra poliesportiva.

 

[3] Tendas são os espaços de convivência e atendem “a função de “porta de entrada” que possibilite ás necessidades básicas da pessoa em situação de rua e vulnerabilidade social, necessidades como higiene pessoal, oferecendo banhos, cortes de cabelo, lavagem de roupas, atendimento com Assistentes Sociais, Psicólogos, e encaminhamentos ás diversas demandas que ali chegam no território. É um aparelho da rede sócio assistencial que permite ao individuo a oportunidade de reestabelecer seus vínculos antes fragilizados ou rompidos ...Desta forma, o Orientador Sócio educativo presente em todas essas dinâmicas, faz dessa relação, instituição-população, uma relação pautada pela horizontalidade, pelo vinculo, que rompe com o distanciamento conservador, moralista e excludente, potencializando a relação de aproximação, de igualdade, de força de vontade, e mais ainda da perspectiva de saída, do processo de institucionalização, saída reintegrativa, emancipada e autônoma”. Disponível em: http://complexoprates.blogspot.com.br/p/centro-de-convivencia-especial.html

 

 

 

 

 

Quem somos?

Possui graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1993) e mestrado em Ciências Sociais pela mesma instituição (1998). Docente do nível superior desde 1997 é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFBA. No momento, realiza pesquisa observação participante entre usuários de crack na região central da cidade de São Paulo.

Ygor Diego Delgado Alves

Antropólogo

É educador social com especialização em dependência química pela UNIFESP. Trabalha com população em situação de rua na região central de São Paulo, desde 2004 e com oficinas socioeducativas de futebol desde 2010.

Adriano de Camargo

Orientador Socioeducativo

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P. C. 

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